Guia completo para se organizar financeiramente  

Como se organizar financeiramente, principalmente em um período de tanta instabilidade como o que estamos vivendo agora com a pandemia do novo coronavírus?

Essa é uma das perguntas mais comuns entre tantos trabalhadores que não conseguem fazer o trabalho render. 

O cenário já não estava muito favorável economicamente para uma parcela considerável dos brasileiros antes da pandemia. Conforme a SERASA, o número de pessoas com dívidas atrasadas bateu um novo recorde: os CPFs negativados chegaram a 63,2 milhões em abril de 2019, cerca de 2 milhões a mais do que o mesmo mês em 2018.  

Pensando nessa dificuldade, criamos esse artigo. Aqui, você encontra um passo a passo que vai ajudar na sua organização. Separamos também algumas dicas para quem busca desenvolver hábitos de consumo mais saudáveis. 

Provavelmente, você já está ciente da importância de investir e guardar dinheiro. Mas, para a maioria das pessoas, não sobra o suficiente no fim do mês para isso.  

O que é necessário para se organizar financeiramente é traçar um plano, encontrar as melhores possibilidades para o seu caso e ter disciplina

4 passos para se organizar financeiramente

Comece sua organização financeira pessoal, ilustração

Passo 1: conheça a situação real

Pode parecer óbvio falar que você precisa saber quanto ganha, gasta e deve para se organizar financeiramente. No entanto, muitas pessoas não fazem um controle preciso, ou não fazem nenhum controle desses números. 

Comece pelo mais simples: sua renda mensal. Se você tem múltiplas fontes de renda, coloque todas em uma planilha para saber quanto você ganha por mês. No caso de renda variável, como acontece com a maioria dos autônomos, é importante ter uma ideia da média. 

Agora, é hora de revisar as dívidas. Esse é um ponto importante: você não deve considerar apenas o que pegou emprestado ou deve. A informação chave aqui é, na verdade, os juros que você paga sobre a dívida. 

Passo 2: registre todos os ganhos e gastos

Agora que você montou um histórico que mostra qual sua situação financeira atual, é hora de começar o controle mensal. Para isso, utilize uma planilha, registrando todos os ganhos e gastos.

Quanto mais preciso você for nesses registros, melhor. É muito comum encontrar pessoas que pulam alguns pequenos gastos na hora de calcular. No entanto, compras que parecem insignificantes acumulam no fim do mês. Então, é importante anotar tudo, especialmente nos primeiros meses de controle. 

Isso porque, nesse período inicial, você ainda está adquirindo os novos hábitos de consumo. A organização, aqui, é fundamental para que você avalie seu progresso e entenda onde pode aplicar melhorias. 

Existem aplicativos para acompanhar os gastos pessoais. Inclusive, algumas opções que se conectam ao aplicativo do seu banco. Para quem tem maior dificuldade em registrar os gastos, essa pode ser uma boa opção.

Passo 3: identifique possibilidades de economia

Com o controle mensal em andamento, ficará muito mais fácil visualizar para onde vai seu dinheiro. Então, você já pode responder: no final do mês, sobra algum dinheiro? 

Se está sobrando, mesmo que pouco, boas notícias! Agora, se você gasta mais do que ganha, é preciso fazer alguns ajustes. 

Comece separando suas despesas mensais em dois grandes grupos: 

  • Despesas contínuas: são aquelas que você tem todo o mês, invariavelmente. Alguns exemplos são transporte, aluguel, contas de água e energia, mensalidades de serviços e alimentação.
  • Despesas ocasionais: são compras ou gastos pontuais, que não se repetem mês a mês. Como comprar um eletrodoméstico ou fazer uma viagem. 

Como você pode imaginar, seu primeiro desafio é garantir que haja dinheiro para as despesas contínuas todo mês. Para fazer esse cálculo, você deve considerar mais duas classificações: 

  • Despesas fixas: aquelas que você sabe que terá e conhece o valor do gasto. Por exemplo, contas de planos de internet e mensalidades de serviços contratados. 
  • Despesas variáveis: aquelas cujo valor pode flutuar de um mês para outro. Por exemplo, contas de água e energia.

No caso das variáveis, é preciso estabelecer um valor médio. Assim, você tem uma ideia do quanto irá gastar por mês. Lembrando que aqui também devem estar incluídos seus gastos com lazer. 

Muitas pessoas gostam de agrupar as despesas, também, em categorias. Por exemplo, gastos destinados à alimentação, transporte, lazer e cuidados pessoais. Assim, você vê com o que está gastando. 

Chegamos à principal tarefa nesse passo. É hora de identificar gastos que podem ser eliminados. Para isso, é importante estabelecer suas prioridades — as despesas contínuas e que você considera essenciais. 

Passo 4: quite ou renegocie dívidas

Se você tem dívidas no seu nome, provavelmente perceberá isso assim que terminar suas planilhas: elas são as principais vilãs no seu orçamento. Isso porque você está pagando juros sobre as parcelas.

Assim, sua prioridade número 1 deve ser quitar o que puder. Quanto antes você se livrar dos juros, melhor. 

É possível renegociar dívidas ou até mesmo, encontrar empréstimos com melhores condições de pagamento. Assim, você quita a dívida mais cara, e fica com uma mais acessível. 

A verdade é que esse passo pode ser o mais demorado do processo. No entanto, mantendo um planejamento, acompanhando os números de perto e tendo disciplina, pode ter certeza: é possível. 

LEIA TAMBÉM | Por onde começar o seu planejamento financeiro: passo a passo

Dicas para melhorar sua organização

O grande problema de muitos dos guias sobre como se organizar financeiramente é que eles tratam as etapas como se fossem instantâneas. A realidade é que pode demorar para se recuperar de dívidas. Começar  a controlar melhor os seus gastos exige disciplina e, principalmente, o desenvolvimento de novos hábitos. 

1. Aprenda a definir prioridades

O que é um gasto essencial, para você? O normal é pensar na conta de água, no plano de saúde, na alimentação. Essas são, sim, prioridades óbvias. No entanto, quando estamos habituados a consumir de determinada maneira, tudo parece essencial. 

É compreensível não querer abrir mão de confortos, como jantar fora ou ir ao cinema. E vale ressaltar: você não precisa e não deve renunciar seu lazer em busca de economia. Ele também é uma necessidade humana. No entanto, podemos apostar que existe algo no seu orçamento que pode ser, ao menos, mais barato. Sem impactar na sua qualidade de vida. 

Certamente você já viu essas dicas por aí: busque restaurantes mais econômicos, diminua as refeições fora de casa, prefira programas de entretenimento mais baratos ou gratuitos – existem muitas! No entanto, todos esses pontos podem ser resumidos em: defina suas prioridades.

Encontre, em seu orçamento, esses tipos de despesa: 

  • Aquelas que você não pode evitar;
  • Aquelas que você não está disposto a abandonar;
  • As  que podem ser reduzidas, mesmo que seja muito pouco. Isso pode incluir desde mudar as suas opções de lazer até ajustar planos de serviços, ou economizar água; 
  • Aquelas que você pode cortar. 

Assim, perceba, não é necessário sumir com gastos para fazer progresso. Muitas vezes, o barateamento de algumas contas, mesmo que mínimo, acumula e faz a diferença. 

2. Reserve porções do salário para cada tipo de despesa

Uma forma muito prática de organizar os gastos até que a disciplina se torne um hábito é reservar orçamentos para suas despesas.

Por exemplo, 40% do salário deverá ser destinado às despesas contínuas fundamentais. Para investimentos, 15% da receita. E assim por diante. 

Se você tem uma verba máxima para gastar com lazer, por exemplo, o controle é mais fácil.

3. Eduque-se sobre consumo consciente

Formar hábitos de consumo mais saudáveis pode levar bastante tempo. A boa notícia é que existem muitos materiais disponíveis sobre maneiras de gastar de forma responsável  isso vai mais longe do que preservar suas finanças pessoais

Economizar água e energia é fundamental para preservar o meio ambiente, por exemplo. Assim como trocar produtos como smartphones e computadores apenas quando necessário. Práticas assim protegem mais do que o seu bolso: garantem um futuro melhor para o planeta, condições de trabalho dignas para outras pessoas, e muito mais. 

Eduque-se sobre esse tema: você só tem a ganhar.

Por que é importante investir para se organizar financeiramente?

Entenda a importância de investir, ilustração

Sempre ressaltamos o quão importante é investir para melhorar sua saúde financeira. A verdade é que essa é uma das suas principais ferramentas, tanto na questão de como se organizar financeiramente quanto na sua independência.

Isso porque guardar dinheiro, apenas, não é suficiente e nem eficaz. A inflação faz com que o dinheiro que está parado perca seu valor. Isso é, mesmo que você consiga uma reserva enorme agora mesmo, ela não terá o mesmo valor daqui a dez anos. 

Assim, o dinheiro guardado precisa render. Infelizmente, o rendimento da poupança já não é tão atrativo. Tudo indica que esse ano, por exemplo, a caderneta fique abaixo da inflação. Assim, é preciso buscar outras formas de proteger seu patrimônio.

Reserva para emergências

Uma reserva para emergências, no geral, precisa render pelo menos acima da inflação. No entanto, quanto melhores os rendimentos na aplicação, mais fácil é atingir sua meta. 

Nossa dica aqui é optar por ativos seguros e estáveis. Isso é, os mais conservadores, com foco em renda fixa. Outro ponto importante é a liquidez: você deve ser capaz de reaver o investimento se precisar do dinheiro. 

Ter essa reserva protege você contra o endividamento. Isso porque, na maioria dos casos, pessoas precisam fazer empréstimos no caso de imprevistos. 

A Warren ajuda você a investir de forma prática e eficaz

Investir não precisa ser complicado. Aqui na Warren, nossa principal meta é tornar o mundo dos investimentos acessível para todos. Por isso, você pode começar a montar sua reserva financeira um valor a partir de R$ 100. 

Isso mesmo: dá pra começar hoje. Assim, você se organiza gradualmente, e já tem uma base estabelecida para quando puder reservar uma porção do salário para investir. 

Clique aqui e abra sua conta gratuita para começar. Só leva alguns minutinhos.

Depois, vamos analisar seu perfil, objetivos e capital disponível. Assim, poderemos enviar sugestões de investimentos que são perfeitas para você.